O Pré-moldado é realmente mais barato?
De acordo com Cebeu,
Roedel, Baron e Reis (2021), as estruturas pré-moldadas possuem vantagens que
muitos consumidores buscam em relação ao custo final da obra, uma vez que,
nesse método construtivo, o orçamento inicial continua o mesmo, ou seja, não
sofre nenhum reajuste por perda material. O qual se difere das peças moldadas in loco, que apresentam desperdício de
material e até mesmo, compras em excesso. O custo também pode ser relacionado
ao prazo de entrega da obra, pois, construções que utilizam o sistema
tradicional são mais demoradas, ocasionando gastos a mais no canteiro.
A produção de peças
pré-moldadas, segundo Oliveira (2015), é realizada em fábricas, seguindo
padrões exigidos nas normas técnica brasileiras, com alto rigor de qualidade.
Partindo desse ponto, as obras que usam essas peças as recebem prontas para
serem instaladas na construção. Por outro lado, no método construtivo
tradicional todo o processo precisa ser realizado no canteiro de obra, tendo um
custo para cada etapa construtiva. De acordo com Simão (2015) o uso de
pré-moldados é um investimento que traz retorno em curto prazo, mesmo com um
investimento inicial alto, uma vez que o proprietário consegue sua obra
entregue com uma grande diferença de tempo em comparação ao método tradicional.
Em conformidade com o
Instituto de Engenharia (2004), para que o levantamento de dados dos custos de
uma obra se transforme em um orçamento, é necessário incluir o BDI (Benefícios
e Despesas Indiretas), ou seja, é um imposto que se soma ao custo total da
obra, e seu resultado é conseqüência de uma operação matemática baseada em
dados orientados e objetivos relevantes para cada tipo de construção. De acordo
com González (2008), as despesas do BDI são basicamente atreladas aos custos
administrativos da empresa e possíveis acontecimentos não previstos, podem ser
considerados: aluguel do prédio e equipamentos, mobiliário, consumo de energia
elétrica, salário dos colaboradores, custos com veículos, assessorias e
tributação em geral.
De acordo com Nardi (2016), sem considerar o BDI (Benefícios e despesas indiretas), na etapa de fundação a utilização de peças moldadas in loco é 74,42% mais barata se comparada ao custo de uma fundação com peças pré-moldadas. Em vigas, o custo para a execução da estrutura no método convencional fica 9,88% em comparação às vigas pré-moldadas. Para a execução de pilares, novamente é mais acessível a utilização de pilares moldados in loco, pois, o custo é 35,02 % mais vantajoso. Já na etapa de laje as peças pré-moldadas mostraram-se mais benéficas com 12,10 % a menos no valor em relação ao sistema tradicional. Na fase de vedação, tem-se novamente um custo mais viável no método convencional, mostrando-se 15,64 % mais em conta defrontado com a utilização de pré-moldados. E na fase de cobertura, a diferença entre os dois métodos foi de 8,77%, com o sistema moldados in loco sendo mais vantajoso. Ainda em conformidade com Nardi (2016), somando os valores totais da obra, o método construtivo convencional demonstra-se 12,26% mais acessível que o total somado na construção da estrutura pré-moldada.
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