PORQUE A ESPLANADA NÃO DESABOU

 No dia 8 de janeiro de 2023 houve uma invasão das instalações na Esplanada dos Ministérios em Brasília. O pequeno espaço externo em estrutura de concreto ficou totalmente preenchido, por uma multidão furiosa e desorganizada.



 

A pergunta é a seguinte: Aquela estrutura estava dimensionada com a previsão para suportar todo aquele efetivo de pessoas?

 

Cada projeto estrutural leva em conta nos seus cálculos o tipo de utilização para o qual a edificação servirá. Por exemplo: o cálculo de uma arquibancada para um estádio de futebol será bem diferente do que o cálculo para uma laje de cobertura cujo fim seja apenas pluvial.

 


De acordo com a sobrecarga prevista para a edificação o projetista aplicará a dimensão adequada. Dessa forma evita-se o superdimensionamento que pode encarecer o projeto.

 

De acordo com pesquisas relacionadas à segurança estrutural, o colapso de uma estrutura corresponde à perda de sua capacidade portante (combinação de resistência do material e da forma do elemento).

 

Pode-se dessa forma acontecer um colapso dúctil ou frágil.

 

É dúctil quando apresenta sinais iminentes de sua ocorrência (colapso com aviso). É o caso de cabo constituído de feixe de aios onde o colapso se inicia com a ruptura de um fio e só termina com a ruptura de todos eles, emitindo, dessa forma, sinais de iminência de colapso.

 


Um exemplo de colapso frágil é o de um cabo constituído de um fio apenas, onde o colapso está associado à sua ruptura instantânea.

 

Naquele dia havia no local com toda certeza um efetivo de pessoas acima da normalidade habitual.

O risco de desabamento era eminente.
 
Não aconteceu um desastre graças à resistência da estrutura que com certeza foi dimensionada com uma folga de cálculo para sobrecargas adicionais.

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